Barroso Contabilidade: Reforma Tributária o que podemos esperar?

Barroso Contabilidade: Reforma Tributária o que podemos esperar?

O que é e por que está sendo feita

• A reforma tributária de consumo busca simplificar o sistema de impostos do Brasil 

• A ideia é substituir vários tributos atuais (federais, estaduais e municipais) por novos impostos mais simples, reduzir sobreposições, evitar cumulatividade (taxa sobre taxa) e tornar o sistema mais justo. 

Principais mudanças que começam em 2026

1. Período de teste / calibração

 Em 2026 vai entrar uma fase de testes, para ajustar o sistema. As empresas vão emitir notas fiscais destacando o que seria de imposto no novo modelo, mas talvez não haja cobrança plena no início. 

Alíquotas iniciais para teste são: 0,9% para o tributo federal sobre bens e serviços (CBS) e 0,1% para o tributo estadual/municipal (IBS) — usados para avaliar o novo modelo, ver impactos, adaptar sistemas. 

2. Unificação de tributos

Vários impostos atuais vão ser substituídos pelo novo modelo: PIS, Cofins (federais) serão extintos quando CBS entrar em vigor plenamente. 

Os impostos estaduais ICMS e municipais ISS também serão substituídos pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) durante a transição. 

3. Cronograma de transição (2026 2033)

2026: início dos testes com as alíquotas reduzidas, ajustes, emissão de notas fiscais com o destaque dos novos tributos mesmo que não haja cobrança total. 

2027: entrada efetiva da CBS, extinção de PIS/Cofins, além de algumas mudanças no IPI (tributo sobre produtos industrializados) — alíquotas vão para zero para quase todos os produtos, exceto os da Zona Franca de Manaus. Também começa o Imposto Seletivo, para produtos e serviços prejudiciais à saúde ou meio ambiente. 

2029 2032: redução gradual do ICMS e ISS, enquanto o IBS vai assumindo a alíquota desses tributos; coexiste por um período para dar tempo de adaptação. 

2033: fim definitivo dos tributos antigos (ICMS, ISS etc.), e o novo sistema (CBS + IBS) em pleno funcionamento. 

Outras medidas / impactos previstos

• Imposto Seletivo: será criado para produtos ou serviços que causam dano social ou ambiental (ex: tabaco, bebidas, alguns poluentes). 

• Compensações:

• Haverá fundos para compensar indústrias afetadas pelas mudanças, especialmente pela perda de benefícios fiscais ou renúncias que deixarão de valer. 

• Regime de tributação no destino: a cobrança vai mudar de onde algo é produzido para onde é consumido (ou seja, imposto no destino). Isso afeta ICMS, por exemplo. 

Possíveis vantagens e desafios

Vantagens esperadas:

• Sistema mais simples, menos burocracia.

• Menos casos de “imposto sobre imposto” (redução da cumulatividade).

• Melhor previsibilidade para empresas.

• Maior transparência para o consumidor ver quanto está sendo cobrado de imposto.

• Potencial para justiça maior na carga tributária, se bem implementadas isenções ou compensações para os mais pobres. 

• Desafios:

• Ajustar sistemas de notas fiscais, tecnologia da informação, contabilidade para o novo modelo.

• Garantir transição suave para estados e municípios que dependem de receitas de ICMS/ISS. Eles podem perder ou ter que adaptar sua base tributária.

• Definir alíquotas finais, isenções, exceções de forma que não penalize quem menos pode pagar.

• Monitorar se o novo modelo realmente mantém a arrecadação equivalente ou se haverá perdas fiscais.

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